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Com a palavra, Palocci

Publicado por Caio Gottlieb em

Se o objetivo de Alexandre de Moraes era silenciar o assunto, o efeito de sua decisão arbitrária (mais uma) foi justamente o contrário.

Temos aí um clássico tiro no pé.

De prático, o que o ministro do STF conseguiu ao determinar a proibição de se propagar nas redes sociais trechos da delação premiada do publicitário Marcos Valério que escancaram o envolvimento do PT com o PCC e com o obscuro homicídio do ex-prefeito Celso Daniel, publicados em recente edição da revista Veja, foi colocar ainda mais holofotes sobre a notícia, impulsionar sua busca na internet e reavivar uma outra conhecida história mafiosa que andava meio esquecida: as confissões de Antonio Palocci.

Personagem histórico e proeminente do petismo, ele apontou uma sucessão de ilícitos e propinas, que chegam a R$ 333,59 milhões, supostamente arrecadadas e repassadas por empresas, bancos e indústrias a políticos e partidos nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, dos quais foi, respectivamente, ministro da Fazenda e da Casa Civil.

Ressalte-se que Palocci falou não apenas com pleno conhecimento de causa pelos cargos que ocupava, mas, especialmente, como um dos agentes operadores do esquema.

O ex-ministro refere-se ao partido como uma “organização criminosa” e descreve episódios relativos a um período de pelo menos 12 anos, situados entre 2002-2014.

São 23 relatos, que passam por grandes obras de infraestrutura, contratos fictícios, doações por meio de caixa 2 a campanhas eleitorais, liberação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de créditos do Banco do Brasil, criação de fundos de investimentos, fusões e elaboração de Medidas Provisórias para favorecer conglomerados.

Palocci foi preso em setembro de 2016, na Operação Omertà, e condenado pelo então juiz Sergio Moro a 12 anos e dois meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Por força do acordo negociado com a Polícia Federal, homologado judicialmente, Palocci saiu da prisão em novembro de 2018.

Quando estava preso, interrogado por Moro, ele delatou Lula e revelou a existência de um “pacto de sangue” do PT com a Odebrecht – uma suposta reserva de R$ 300 milhões que a empreiteira teria assumido com a sigla.

Todas essas informações, com riqueza ainda maior de detalhes, estão postadas nos sites dos principais órgãos de imprensa do país e disponíveis para ler e compartilhar à vontade.

Enquanto o seo lobo não vem…

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1 comentário

Marcelo · 27/07/2022 às 17:38

O que tá perigando é essa conversa de PEC do cargo vitalício para ex presidente, com foro privilegiado e tudo. Todos vão querer. Pergunta ao Lula e ao Bolsonaro se vão querer?

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