E por falar em discursos de ódio…

Ainda não estão claras as reais motivações e intenções de um filme em fase de produção, a ser exibido no Canal Brasil, que traz no roteiro a simulação do assassinato do presidente da República.

Cenas da película que circularam dias atrás nas redes sociais mostram um sósia de Jair Bolsonaro caído ao lado de uma moto com sangue fictício no pescoço e no peito.

Defensora dos bons costumes, sempre pronta a condenar com veemência as manifestações mais inflamadas do presidente e dos políticos de direita, a Rede Globo não emitiu um pio para repudiar a violência política expressa nas imagens.

Opositora ferrenha do governo, a emissora só veio a público para negar as acusações feitas por apoiadores de Bolsonaro de que a encenação do crime teria sido gravada em seus estúdios no Rio de Janeiro.

Em nota oficial, ela afirmou que não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo.

Disse também que, segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado A Fúria, e que “o Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção”.

Para quem não sabe, Guerra é um consagrado expoente da esquerda no meio artístico nacional.

E o Canal Brasil, ofertado nas grades de TVs por assinatura, pertence à Globo.

Meras coincidências, é claro.