Réplica à altura
Cumprindo seu papel de arauto da esquerda brasileira e porta-voz dos inimigos da Lava Jato, a Folha de S. Paulo criticou no último domingo (17) a pretensão do ex-juiz Sergio Moro de disputar as próximas eleições.
Abordando o assunto em seu editorial, espaço nobre onde os veículos de comunicação expõem sua própria opinião, o jornal afirmou, entre outras coisas, que falta a Moro “coerência” e “humildade para aprender com os próprios tropeços” e que ele está “desatento” ao dizer que pretende liderar a oposição no Senado num eventual governo Lula.
Em resposta nas redes sociais, Moro foi curto e preciso: “Leio editorial da FSP contra minha candidatura ao Senado pelo Paraná. Coerente, para a Folha, é Lula livre e a corrupção a gente vê depois.”
Aliás, o diário paulista é um dos órgãos da grande imprensa nacional que costuma reverberar a tese cínica de que a Lava Jato criminalizou a política.
Recentemente, Moro voltou a rebater a sórdida acusação: “A operação mostrou o quanto o sistema é corrompido. O desmantelamento do combate à corrupção é, sim, pai e mãe da polarização política e do populismo.”
E, com a língua afiada, finalizou o comentário com uma frase emblemática: “Quem rouba dinheiro público deveria estar na cadeia, e não na urna.”
Disse tudo.