A pinta é de candidato a senador
“Se Lula for eleito, será uma tragédia para o país”, disparou o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro na entrevista que me concedeu no Jogo Aberto, ao ressaltar que muito embora o STF tenha anulado os processos em que ele condenou o ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema que saqueou bilhões de reais da Petrobras, a decisão não invalidou suas sentenças e não absolveu e nem inocentou o petista dos crimes imputados.
Descontraído, tranquilo e bem-humorado, Moro respondeu questionamentos onde defendeu o legado de sua atuação como magistrado da Operação Lava Jato, citando resultados positivos da investigação como a quebra do ciclo de impunidade de criminosos ricos e poderosos e a devolução aos cofres públicos de grande parte dos recursos financeiros desviados, destacou as principais conquistas de sua passagem pelo Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, explicou as razões que o levaram a trocar o Podemos pelo União Brasil, celebrou o indeferimento do registro do seu domicílio eleitoral em São Paulo que propiciou sua volta ao Paraná, admitiu que há um esforço de setores da política e do judiciário para impedi-lo de disputar as eleições e manteve o suspense sobre o cargo ao qual irá concorrer, prometendo fazer a revelação na próxima semana.
Entretanto, ao longo da conversa, ele forneceu diversas pistas de que deverá candidatar-se ao Senado, enfrentando, além de outros postulantes, o seu ex-correligionário Alvaro Dias, atual ocupante da cadeira, que tentará a reeleição.
Gravado na tarde de quinta-feira (7) na TV Tarobá, o programa irá ao ar neste sábado (9), com transmissão simultânea pelos canais digitais e redes sociais da emissora.
Ainda nos estúdios, vários admiradores do entrevistado fizeram fila para tirar fotos ao seu lado, dando uma amostra da imensa popularidade que ele desfruta e da força de sua candidatura.
É coisa para preocupar os adversários. E bastante.