O novo museu do Paraná
Não é todo dia que surge um novo museu de grande porte no país.
É menos comum ainda quando ele vem com a chancela de uma das mais renomadas instituições mundiais do gênero.
Pois uma dessas raras ocasiões começou a concretizar-se nesta segunda-feira (27) quando o governador Ratinho Junior anunciou a instalação em Foz do Iguaçu, em parceria com a Itaipu Binacional, de um museu de arte internacional apoiado pelo prestigioso Centro Georges Pompidou, da França.
Uma das principais atrações de Paris e um dos mais dinâmicos polos culturais da Europa, o Pompidou reúne mais de 100 mil obras e abriga uma colossal biblioteca, ateliê de escultura e espaços destinados ao cinema, à dança, à música e estudos acústicos.
Sua coleção permanente de arte moderna e contemporânea, com pinturas de Pablo Picasso e Henri Matisse, entre dezenas de outros artistas geniais, é considerada uma das mais completas do planeta e rivaliza com os monumentais acervos do MoMa, de Nova York, e da Tate Gallery, de Londres.
Por aí já se pode vislumbrar os frutos que a cooperação com o Pompidou, firmada após dois anos de negociações, deverão render para o o novo museu idealizado pelo governo do estado para enriquecer a lista de atrativos da nossa capital do turismo, viabilizando mostras, exibições e exposições antes inimagináveis por estas plagas.
Além de Ratinho e do diretor geral brasileiro da hidrelétrica, almirante Anatalicio Risden Junior, o evento onde foram assinados os protocolos de intenção que dão a largada para a consolidação da iniciativa registrou também as presenças do secretário da Comunicação e da Cultura, João Evaristo Debiasi; da superintendente-geral de Cultura, Luciana Casagrande Pereira, do presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e do diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, entre outras autoridades.
Os próximos passos do cronograma de implantação do empreendimento preveem o lançamento em 2023 de um concurso para escolha do projeto arquitetônico da edificação e a definição do terreno da obra que deverá ter, inicialmente, cerca de 10 mil m2 de área construída.
Ressalte-se, a propósito, que o convênio faz do Brasil o primeiro país da América Latina a estabelecer uma relação direta com o complexo parisiense, que tem unidades na Bélgica, na Espanha e na China.
Em suma, uma conquista histórica para a cultura paranaense.