Já vão tarde
Sempre pronta a infernizar a vida da sociedade com mobilizações e greves que terminavam, invariavelmente, em arruaças e vandalismo, não é por falta de vontade que a execrável Central Única dos Trabalhadores, braço sindical do PT, ainda não promoveu nenhuma grande manifestação contra o governo Bolsonaro.
É por falta de dinheiro mesmo.
Foi divulgado há poucos dias um balanço que mostra a situação financeira extremamente crítica que as três maiores centrais sindicais do país vêm atravessando após a extinção do abjeto tributo que elas arrecadavam uma vez por ano de todo trabalhador brasileiro, assim como das empresas, e que explica, por si só, o saudável processo de encolhimento a que estão sendo submetidas.
Aos números: em 2017, ainda na vigência do imposto sindical abolido pela reforma trabalhista, a CUT abocanhou mais de 62 milhões de reais. Em 2019, recebeu pouco mais de 440 mil, ou 140 vezes menos. Já a Força Sindical, comandada pelo notório deputado federal Paulinho da Força, embolsou naquele ano 51 milhões de reais e agora teve que se contentar com menos de 1 milhão. Por sua vez, a UGT despencou no mesmo período de 46 milhões para igualmente míseros 1 milhão.
O fato é que os sindicatos, tal como os conhecíamos, criados para fins políticos e para enriquecer dirigentes malandros através de receitas milionárias arrecadadas na marra, só continuarão existindo se forem efetivamente úteis para seus filiados e, desta forma, em contrapartida pelos serviços prestados, conquistarem a adesão voluntária dos trabalhadores.
Mas não será uma tarefa fácil: tão logo o trabalhador ganhou o direito de não pagar, a maioria dos sindicatos viu seus cofres ficarem cada vez mais vazios.
Sem recursos para custear as balbúrdias que promoviam para chantagear empresas e governos, seus diretores estão sendo obrigados a trabalhar, dar duro, suar o rosto e a camisa para sobreviver, como todo e qualquer brasileiro.
Bem-vindos ao mundo real.
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1 comentário
Washington Lee Abe · 17/02/2020 às 09:44
O verdadeiro trabalhador acordou também? Realmente o Brasil está tomando o rumo do progresso e da retidão…