Primeira Classe
Obviamente, a decisão da Gol de incluir Cascavel em sua malha aérea, a ser anunciada com pompa e circunstância por seus diretores em encontro nesta quinta-feira (11) com líderes empresariais e políticos na Acic, baseou-se em pesquisas de mercado que a convenceram da viabilidade comercial do novo destino.
Também contou a favor, inegavelmente, o empenho do prefeito Leonaldo Paranhos, que reuniu-se nestes últimos dois anos pelo menos uma dezena de vezes com a diretoria da companhia para “vender” as potencialidades econômicas da cidade e da região, além de atendê-la nas demandas básicas de infraestrutura aeroportuária exigidas para viabilizar a operação.
Mas nada teria acontecido, faça-se justiça, se o governo de São Paulo, onde a empresa está sediada, não tivesse reduzido a alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação, exigindo como contrapartida a ampliação de suas rotas tanto dentro do Estado como para outras regiões do país.
Com voo inaugural marcado para o dia 5 de agosto e as vendas de bilhetes já abertas em seu site (a preços, por sinal, de passagens de ônibus), a Gol está confirmando duas frequências diárias ligando Cascavel ao aeroporto internacional de Guarulhos, vindo às 9h55 e 14h55 e indo às 12h05 e 17h.
Serão utilizados no trecho os jatos Boeing 737-700 Next Generation, com capacidade para até 138 passageiros, serviço de bordo com snacks e bebidas gratuitas, plataforma de entretenimento com filmes, séries e TV ao vivo, sem custo adicional, além de conexão à internet para enviar e receber mensagens, acessar as redes sociais e atualizar o e-mail durante toda a viagem.
De sua parte, sabendo dos planos da rival, a Azul já definiu a troca dos turboélices ATR pelos jatos Embraer 195, com 118 assentos, nos dois voos de ida e volta para Campinas, a partir de julho.
Cascavel, enfim, conquista um notável upgrade no transporte aéreo.
Viva a concorrência.