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A corrupção venceu

Publicado por Caio Gottlieb em

Uma conhecida citação de autor anônimo diz que nas guerras a primeira vítima é a verdade. Nas eleições não é diferente.

As mentiras mais descaradas campeiam soltas e, repetidas à exaustão, acabam muitas vezes colando, especialmente nas almas parvas.

O melhor exemplo disso nesta campanha é o esforço que Lula vem fazendo para se descondenar das sentenças que recebeu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato, nos casos do sítio de Atibaia e do triplex do Guarujá, em decisões confirmadas por três instâncias judiciais que lhe impingiram mais de 12 anos de prisão.

Em seu afã de voltar à presidência – ou à cena do crime, como denunciava seu antigo desafeto e hoje vice Geraldo Alckmin –, o petista vem proclamando que as condenações foram canceladas pelo Supremo Tribunal Federal.

A afirmação é tão falsa quanto uma nota de três reais.

Embora se possa esperar tudo dos amigos (ou cúmplices?) de Lula no STF, eles não precisaram chegar a tanto para livrá-lo da cadeia.

Bastou tirar da cartola a chicana jurídica do conflito territorial (as ações teriam que correr em Brasília e não em Curitiba) – percebida “apenas” cinco anos depois do início das investigações –, reforçada pela suposta suspeição do juiz Sergio Moro, e decretar a nulidade dos processos, em uma farsa escandalosa completada na sequência com a providencial prescrição dos delitos pela idade avançada do condenado.

Em suma, para deixar as coisas bem claras, o ex-presidente não foi inocentado e nem absolvido do recebimento de propinas para favorecer empreiteiras que pilharam a Petrobras.

Ele tão somente foi beneficiado como alguém que tem uma dívida que o credor foi impedido de cobrar.

Mas e daí? Qual é a importância desse detalhe? Nenhuma.

O fato é que Lula está livre, leve e solto para retornar ao poder.

Ao contrário dos velhos faroestes americanos, onde os mocinhos sempre saem vitoriosos, no paraíso da impunidade dos ricos e poderosos são os vilões que se dão bem no final.

Categorias: OPINIÃO

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