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Rumo ao infinito

Publicado por Caio Gottlieb em

Um dos destinos de veraneio mais procurados e badalados do Brasil, Camboriú virou também a meca nacional dos arranha-céus.

Dos dez prédios mais altos do país, nada menos do que seis localizam-se na orla do pujante município catarinense, que ocupa os três primeiros lugares do ranking.

Mas não ficará por aí.

Vai começar a ser construído em breve o rei de todos eles: o impressionante Triumph Tower, um gigante de 154 andares projetado à beira-mar, que se elevará a nada menos que 509 metros de altura.

Se não for ultrapassado até ficar pronto, assumirá o posto de maior arranha-céu da América Latina e se tornará o edifício residencial mais alto do mundo.

Porém, Camboriú não tem apenas um mercado imobiliário extremamente aquecido e valorizado por clientes riquíssimos dispostos a investir milhões de reais em imóveis luxuosos para morar com ostentação no meio das nuvens.

Como consequência dessa disputa desenfreada, e até meio insana, a cidade também é cenário de uma acirrada competição entre a luz e as sombras.

Recentemente foram concluídos, ao custo de mais de 88 milhões de reais, os trabalhos de alargamento da faixa de areia da Praia Central do balneário para compensar o aumento do nível do oceano e, principalmente, devolver aos banhistas por mais tempo durante o dia os raios solares bloqueados pelas dezenas de edificações erguidas ao longo da Avenida Atlântica nos últimos anos.

Entretanto, do jeito que a coisa está indo, com novos espigões a caminho, os efeitos produzidos pela obra terão vida curta.

E, no fim das contas, que mal tem uma praia sem sol quando já temos o sanduíche de picanha do McDonald’s sem picanha e o sanduíche de costela do Burger King sem costela?

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1 comentário

Marcos Villanova de Castro · 17/05/2022 às 11:37

O que está acontecendo em Camboriú realmente é insano. A praia, por melhor que seja (e há outras muito melhores, lá mesmo em Sta Catarina), não justifica essa desenfreada especulação imobiliária. Com muito menos da metade do que se paga por apartamentos de gosto duvidoso, se compra ou constrói uma casa em outras praias mais bonitas. Camboriú se tornou o paraíso de novos ricos, gente brega, endinheirada mas pobre de espírito, cujo ego precisa de doses cavalares de ostentação para se afirmar socialmente.

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