Diga-me com quem andas…
Ex-governador de São Paulo e ex-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin sempre foi visto tanto por aliados quanto por adversários como um homem de reputação ilibada.
Católico praticante, de hábitos espartanos, fez toda a sua trajetória política observando os rigorosos princípios da ética, da moral e da honestidade.
Até onde se sabe, jamais compactuou com qualquer ato de desvio de dinheiro público.
Quando vieram à tona os escândalos do Mensalão e do Petrolão, não hesitou em condenar veementemente os envolvidos nas roubalheiras.
Daria para escrever um livro só com as contundentes declarações em que ele trata o PT como a quadrilha que orquestrou os maiores esquemas de corrupção da história do país e aponta Lula como chefe do bando.
Todas elas voltam agora a ser devidamente lembradas para escancarar o contraditório e indecoroso acordo prestes a ser firmado para que o imaculado ex-tucano, ainda à procura de um novo partido para se filiar, vire companheiro de chapa de Lula como candidato a vice na disputa presidencial, para cumprir o papel subalterno de atrair votos dos eleitores de centro-direita para o petista.
Ninguém haverá de esquecer, para citar apenas um exemplo, que no decorrer da campanha eleitoral de 2018, cheio de indignação, ele disse textualmente: “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos, ele quer voltar à cena do crime.”
À luz de fatos como esse e diante da iminente aliança que se desenha, só nos resta concluir que Alckmin, ao topar se unir àqueles que outrora já chamou de bandidos, não é tão santo como muita gente vinha pensando.
Faltava apenas uma boa oportunidade pra jogar tudo pro alto e cair na vida.
Como reza o dito popular, a ocasião faz o ladrão.
1 comentário
José A Dietrich F° · 21/02/2022 às 21:52
É o picolé de chuchu que derreteu. O Alckmin se aliar ao PT é o ápice da desonestidade moral até então guardada no cofrinho da demagogia. É o padre estuprador.