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Vamos nadar, nadar e morrer na praia?

Publicado por Caio Gottlieb em

Repleto de erros escandalosos que já despertaram fortes suspeitas de manipulação, o histórico das pesquisas eleitorais no Brasil, independente de quem as realize, dá bons motivos para que as encaremos sempre com um pé atrás.

É o que parece estar acontecendo com as sondagens sobre a próxima corrida presidencial que andam prognosticando a vitória de Lula, que não consegue sair às ruas sem enfrentar saraivadas de vaias e xingamentos, e preconizando a derrota de Bolsonaro, que esbanja popularidade, aclamado entusiasticamente aonde quer que vá.

Diante de tamanha contradição é de se desconfiar que as consultas não estão expressando o real sentimento do eleitorado.

Mas se, por um infeliz acaso, elas retratarem com algum grau de certeza o atual momento da disputa, teremos que nos perguntar: onde foi que nós, como nação, erramos?

Todas as descobertas feitas pela Operação Lava Jato, comprovadas pelas confissões de dezenas de réus que devolveram aos cofres públicos centenas de milhões de reais que haviam desviado em contratos fraudados com a Petrobras, teriam servido então apenas para confirmar que vivemos no paraíso terráqueo da impunidade dos ricos e poderosos?

É no mínimo assustadora a hipótese de que possa ter a preferência da maioria dos eleitores para comandar o país alguém que foi condenado a mais de dez anos de prisão em três instâncias judiciais por corrupção e lavagem de dinheiro, apontado por inúmeras delações de cúmplices, respaldadas por fartas provas documentais, de chefiar a quadrilha de empresários e políticos que saqueou a nossa maior empresa estatal.

Um condenado, ressalte-se, que ganhou a liberdade não por ter sido absolvido ou inocentado dos crimes que cometeu, mas pela bondade dos amigos do STF de anular seus processos apontando falhas jurídicas inexistentes como pretexto para devolvê-los à estaca zero.

A resposta para isso talvez esteja em duas palavras: ignorância e cinismo.

Ignorância que afeta, infelizmente, a maior parte da população pela falta de escolaridade mínima que lhe permita discernir, compreender e interpretar os fatos e entender que, por mais que tenha simpatia por um líder político comprovadamente corrupto que lhe fez algum bem no passado, não pode colocá-lo na presidência da República, quando o lugar dele é na cadeia.

Já o cinismo é daqueles que mesmo sabendo de toda a verdade, conhecendo os escabrosos meandros do escândalo do Petrolão e tendo plena ciência da culpa irrefutável dos envolvidos na roubalheira, não têm nenhuma vergonha de apoiá-los publicamente em qualquer empreitada, atitude típica de pervertidos que cultivam bandidos de estimação.

Seja como for, se o Brasil estiver mesmo fadado, pela vontade soberana de seus eleitores, a ser novamente comandado pela cleptocracia do PT e de seus aliados, paciência.

Como sabiamente sentenciou no século 19 o filósofo francês Joseph-Marie de Maistre, cada povo tem o governo que merece.

Só fico aqui pensando o que fizemos ou deixamos de fazer para merecer tão infausto destino.

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4 comentários

Maria Clarete Silva · 28/01/2022 às 15:37

Meu DEUS do céu, olhe pra esse povo sofrido e nos poupe de tamanha desventura. Permita-nos enchergar a tristeza que será a nossa vida se elegermos esse desqualificado como chefe da Nação.

Cícero de Oliveira · 28/01/2022 às 11:22

Penso que por trás dessas pesquisas existe uma grande manobra, não tenhamos dúvidas que poderá acontecer aqui no Brasil, o que aconteceu nos EUA, a esquerda ganhou na força as eleições até os ressuscitou para votar Boxer !

MARCELO · 28/01/2022 às 10:35

O que foi feito é ter acreditado três vezes em virtudes inexistentes nos pretensos salvadores da pátria: Collor, Lula e Bolsonaro. Todos os três, representantes do que há de pior na política, e um retrato da sociedade.

Edvino Borkenhagen · 28/01/2022 às 01:20

Calma! Deus não é cleptocrata, mas sim complacente e misericordioso, e juiz implacável!

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