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Conquista civilizatória

Publicado por Caio Gottlieb em

Um dos principais sustentáculos da economia brasileira, o agronegócio, finalmente, vem tendo alguma tranquilidade no campo para trabalhar com segurança e bater recordes sucessivos de produção e exportação, espalhando renda e emprego por todos os cantos e gerando preciosas divisas internacionais para o país.

Trata-se, inegavelmente, de um feito a ser merecidamente atribuído ao presidente Jair Bolsonaro.

Nestes três anos de sua administração, registrou-se uma queda histórica no número de invasões de fazendas, que chegaram a ser contadas aos milhares nos dois mandatos de FHC, notoriamente tolerante com a prática do delito, e nas quatro gestões petistas, que blindavam, incentivavam e financiavam as ações terroristas do Movimento Sem Terra.

A diferença é gritante: o relatório do Incra fechado em dezembro aponta sete ocupações em 2019, seis em 2020 e onze em 2021.

Houve três boas razões para isso.

A primeira e mais eficaz, uma das bandeiras prioritárias da campanha eleitoral de Bolsonaro, é a nova lei que autorizou os fazendeiros a carregarem suas armas por toda a extensão da propriedade, o que antes se restringia à sede do imóvel. A regra é um forte desestímulo às invasões: sabendo que o dono da casa, em legítima defesa, terá uma carabina apontada em sua direção, o ladrão certamente não arriscará a pele.

Outra medida fundamental foi o corte radical dos repasses de recursos federais a ONGs que, por sua vez, transferiam grande parte do dinheiro para os sem-terra. Apenas para dar um exemplo, o desgoverno de Dilma Rousseff presenteou entidades ligadas à reforma agrária com mais de 100 milhões de reais.

Por último, mas não menos importante, ao invés de criar novos assentamentos, que na maioria das vezes não conseguem ser economicamente viáveis, Bolsonaro optou por dar preferência à titulação das terras das famílias já assentadas. Com a escritura em mãos, elas podem usar a propriedade para pedir empréstimo no banco e até vendê-la, se assim quiserem.

Só no ano passado, o atual governo distribuiu 128 mil títulos de regularização fundiária. Em 2020, foram mais 109 mil.

Nas nações verdadeiramente democráticas, em que o direito à propriedade é pressuposto constitucional básico, protegido sem ressalvas pelo estado, notícias como essas não fariam o menor sentido.

Não é o caso do Brasil, onde elas precisam ser destacadas, valorizadas e efusivamente celebradas diante das afrontas sistematicamente cometidas por uma organização criminosa travestida de “movimento social” criada com o único propósito de invadir e tomar na marra, impunemente, algo que não lhe pertence.

Entretanto, ninguém se iluda em achar que o assunto está resolvido: se a esquerda ganhar as eleições em 2022, o MST voltará à ativa com todas as suas forças, disposto a tudo para recuperar o tempo perdido e ensandecido pela sede de vingança.

Quem deseja evitar esse trágico retrocesso não deve se deixar enganar pelo discurso bonito que ouvirá de certos candidatos. Ele será lindo, inebriante e encantador, com promessas de paz e amor.

Mas é só canto de sereia. E sereias não existem.

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1 comentário

Romeu Morais · 09/01/2022 às 12:55

Parabens meu amigo Caio. Vc traduziu meus sentimentos em relação a este tema. Democracia nada mais é do que o “direito de propriedade” e “liberdade do cidadão, respeitando o direito do outro”. Isto traduz tudo, senão é socialismo, comunismo.
Grde abraço

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