O coronavírus também emburrece
Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro que sou favor da vacinação contra a Covid-19.
Não resta a menor dúvida de que a aplicação dos imunizantes, ainda que alguns sejam mais eficazes do que outros, aliada à proteção fornecida pelos anticorpos naturalmente adquiridos por grande parte da população a partir da circulação do vírus, vem fazendo a pandemia perder força no Brasil e no mundo.
Por outro lado, deve-se considerar também que a ciência ainda tem muito a descobrir sobre essa enfermidade e que, no decorrer do tempo, com o provável surgimento de novas cepas que se revelem mais resistentes, algumas vacinas atualmente em uso tenham que ser descartadas por falta de eficiência.
Dito isso, e diante do acima exposto, quero agora expressar minha total rejeição à ideia de se exigir o chamado “passaporte vacinal” para entrar em determinados lugares, uma obrigatoriedade descabida que ameaça ser implantada em diversas cidades do país.
Um bom exemplo da inutilidade da proposta é o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que pegou a doença durante a recente viagem que fez a Nova York acompanhando o presidente Bolsonaro, mesmo estando vacinado com as duas doses.
Ou seja, em tese ele tinha passe livre para frequentar qualquer ambiente, e, no entanto, estava contaminado e pronto para, involuntariamente, contagiar outras pessoas.
Não é preciso ser muito inteligente para chegar à conclusão de que exigir o tal “passaporte”, com o pouco conhecimento que se tem hoje sobre a evolução da doença, é uma idiotice.
Vacinar, usar máscara onde for necessário e manter distanciamento seguro quando possível, são as armas que temos, por ora, para combater a Covid.
Não vamos piorar as coisas, por favor.
1 comentário
Marcos Villanova de Castro · 10/10/2021 às 16:08
Perfeito seu comentário