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Tem certeza mesmo?

Publicado por Caio Gottlieb em

Apesar da derrota na Câmara dos Deputados do projeto que pretendia instituir o voto impresso para auditar as eleições, tema que inevitavelmente deverá voltar à baila na próxima legislatura, a discussão sobre a segurança da urna eletrônica está longe de terminar.

Principalmente quando surgem fatos novos capazes de abalar crenças absolutas e colocar uma pulga atrás da orelha de muita gente.

Os defensores da tecnologia, fiando-se na palavra do Tribunal Superior Eleitoral, acreditam piamente que o sistema é infalível, totalmente refratário a ataques externos e à prova de hackers.

Mas provavelmente essa confiança não será mais a mesma depois de assistirem ao documentário “Kill Chain – A Ciberguerra nas Eleições Americanas”, disponível para os assinantes do serviço de streaming HBO Max.

Ainda não o vi, mas compartilho com os leitores do blog o comentário publicado na Gazeta do Povo pelo jornalista Jones Rossi, antes um crente convicto na inviolabilidade do dispositivo tecnológico, mas que agora admite que o filme o fez mudar de ideia.

Idealizado com a clara intenção de questionar as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos que conduziram o republicano Donald Trump ao poder, ou seja, a esquerda levantando suspeitas sobre a vitória da direita, o documentário tem como figura principal um programador que mostra as várias vulnerabilidades das máquinas utilizadas em diversos estados norte-americanos, provando que elas não precisam estar conectadas à internet para serem vítimas de violações que podem mudar os resultados eleitorais.

Destaca Jones que “apesar do viés pró-Partido Democrata, a produção consegue se ater aos aspectos técnicos dos problemas com as urnas eletrônicas, sem politizar o assunto, mas não escondendo de ninguém que a solução seria adotar o voto impresso auditável”.

Se você não tiver acesso à plataforma onde o filme é exibido, procure no YouTube o programa Quarentena Cult, onde, em um dos episódios mais recentes, Jones e seus colegas Ewandro Schenkel, Ricardo Sabbag e Paulo Polzonoff fazem uma ampla análise do documentário.

Lembremos, a propósito, da célebre citação de Bertrand Russell: “O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas cheias de certezas”.

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