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Fogo no parquinho

Publicado por Caio Gottlieb em

Só estava faltando mesmo ele sair oficialmente do armário.

Até as pedras que rolam nas ruas já sabiam há tempos que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tem predileção pelo sexo masculino.

De qualquer forma, ainda que a declaração feita por ele em entrevista ao programa do Pedro Bial na TV Globo não tenha sido uma grande surpresa, sua corajosa decisão de assumir-se gay em um país conservador como o Brasil, revelando, inclusive, que namora há nove meses um médico capixaba, provocou muito barulho no mundo político nacional pela dimensão de sua figura pública e, principalmente, por suas aspirações de concorrer à presidência da República pelo PSDB.

Parece claro, para além de outras interpretações, que Leite pretendeu desarmar desde já uma bomba que certamente lhe traria maiores prejuízos eleitorais caso viesse a ser detonada no calor da campanha de 2022.

Elogiada por lideranças de partidos dos mais diversos espectros ideológicos, sua atitude não foi, entretanto, aplaudida de forma unânime nas hostes do movimento LGBT.

Alguns grupos viram o gesto como oportunismo para abocanhar eleitores em um setor até então dominado pelo PT e pelas siglas de esquerda, e não pouparam fortes críticas ao mandatário gaúcho, aproveitando para questioná-lo severamente por ter apoiado Bolsonaro em 2018.

Nem tudo são flores na comunidade. Assim como em outros segmentos da sociedade, ali também impera a autofagia.

Quando se engalfinham em disputas políticas por liderança e hegemonia, querem até se comer vivos.

No sentido figurado da expressão, bem entendido.

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1 comentário

MARCELO · 05/07/2021 às 17:32

O fogo no parquinho são de verdade: Vacina com Propina, rachadinha de pai e filhos, o que sepulta pela terceira vez a conversa do político honesto (a primeira e a segunda com Collor e Lula respectivamente).

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