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A que ponto chegaram

Publicado por Caio Gottlieb em

Uma só palavra não basta para definir o execrável ato dos deputados e senadores que aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias embutindo malandramente no documento a destinação de 5,7 bilhões de reais, um indecente reajuste de mais de 300% em relação ao valor de 2018, para financiar os partidos nas eleições do ano que vem.

Foi um acinte, um insulto, uma afronta, um desaforo, uma vergonha, um ultraje, um deboche, um escárnio, uma ignomínia, uma infâmia.

Merecem, enfim, o nosso mais veemente repúdio.

Espera-se agora que o presidente da República não apenas vete o aumento descabido como também articule a base governista no Congresso para manter sua decisão, sejam quais forem as consequências.

Concorda-se que diante do impedimento legal a doações de empresas para custear campanhas políticas existe um preço a ser pago com o dinheiro dos contribuintes, através do chamado “fundão”, para manter e fortalecer a democracia no Brasil com eleições que assegurem aos candidatos um mínimo de igualdade competitiva nas disputas, reduzindo a influência do poder econômico.

Mas isso não é pretexto para se avançar nos cofres públicos com tamanha voracidade. É preciso bom senso, parcimônia e razoabilidade para se definir um montante justo e adequado, compatível com a realidade de um país que luta para recuperar sua economia devastada pela pandemia, com milhões de desempregados, muita gente passando fome e carências históricas na saúde, na educação, no saneamento e na infraestrutura.

Quanto aos parlamentares que votaram a favor da canalhice (os nomes estão divulgados em portais jornalísticos na internet), não resta aos eleitores outra alternativa senão aplicar-lhes no próximo pleito um sonoro pontapé nos fundilhos.

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3 comentários

MARCELO · 22/07/2021 às 18:23

O Centrão já mostrou a que veio. É fundão, é Ministério. O Capitão não tem tanta bala na agulha com tanto falou nos últimos anos. Esse é o problema de se prometer o que não se pode ou que não tem capacidade para cumprir.

MARCELO · 21/07/2021 às 10:41

Por isso não voto mais em Parcianello (ausente na votação), muito menos em Roman e Giacobo, que votaram a favor. Agora Roman usa a mesma desculpa de Zambelli, Kicis e E. Bolsonaro. Ainda que não usaram a desculpa do F. Bolsobaro para o fundão 2020 (votei sim por engano). De fato, estes jogaram a batata quente na mão do Sr. Presidente, que hoje é centrão desde criancinha. E ainda perdemos tempo com essa pataquada de direita e esquerda. Antes de qualquer conversa sobre Cuba, Venezuela, livre mercado, falta fazer o arroz com feijão que não se vê desde a posse. Pois o que vejo é trapalhada, e discursos vazios em inauguração de ponte e de Wi-Fi.

    Luciano Huck · 22/07/2021 às 22:11

    Mas se o presidente orientar sua base no congresso, vai aumentar para 10 Bilhões, já que todos foram a favor. E fora isso, não haverá veto. Já vimos essa novela anos atrás. Agora vamos juntos com o Centrão. Pauta boa para seu comentário Caio.

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