Causa ganha?
Vai ser muito interessante acompanhar o destino que o Supremo Tribunal Federal dará ao acordo que Sergio Cabral fechou com a Polícia Federal para desnudar episódios de corrupção até agora encobertos que teriam ocorrido durante sua passagem pelo governo do Rio, desta vez trazendo à tona o envolvimento de figurões do Poder Judiciário.
Relator do processo, o ministro Edson Fachin pautou para a próxima quinta-feira (21) o início do julgamento, em plenário, do recurso em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pede para ser anulada a delação do ex-governador (já condenado, por sinal, a mais de 340 anos de prisão pela roubalheira desenfreada que liderou) sob a alegação de que a PF não teria poderes para firmá-la, muito embora o STF, anteriormente, já tenha validado casos similares.
Não será, portanto, nenhuma grande surpresa se a Corte mantiver o entendimento e autorizar o prosseguimento dos inquéritos já abertos com base na explosiva colaboração.
Resta saber, porém, o que os supremos magistrados decidirão sobre o pedido da Polícia Federal, fundamentado justamente em uma das revelações de Cabral, para investigar o ministro Dias Toffoli pelo suposto recebimento de 4 milhões de reais para favorecer dois prefeitos fluminenses à época em que integrava o TSE.
Será espantoso se o STF contrariar todas as expectativas e resolver colocar um colega no banco dos réus.
Afinal, lobo não come lobo.
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1 comentário
Marcelo · 18/05/2021 às 14:08
E a CPI? Expectativa pro depoimento do Pazuello? Qual sua opinião à respeito? Você é a favor de vacina ou cloroquina?